Entidades consideram que governo é responsável por não ter exigido requisitos de contingência das concessionárias em caso de desastres.
Grupos ambientalistas processam EUA por derramamento de óleo
Grupos ambientalistas processaram nesta terça-feira (18) o Departamento do Interior dos Estados Unidos sob o argumento de que a agência deu carta branca à British Petroleum (BP) e outras companhias para que evitassem regulações. O resultado dessas ações, segundo as entidades, teria contribuido para o desastre ambiental ocorrido no Golfo do México.
Os grupos Sierra Club e a organização Gulf Restoration Network acusam o Serviço de Gestão de Minerais (MMS, na sigla em inglês), um setor do Departamento do Interior, de permitir que as companhias evitassem os requisitos de segurança ambiental nas permissões concedidas para as explorações de petróleo e gás em alto-mar no Golfo do México.
Os grupos asseguram que o MMS outorgou isenções à British Petroleum e a outras companhias petrolíferas como parte do processo que levou à concessão de permissões para realizar perfurações a 1.600 metros de profundidade.
Segundo as organizações, isso eximiu as companhias de fornecer informações sobre os tipos de acidentes que poderiam ocorrer em águas profundas e quais seriam os seus planos de contngência que fariam a essas possibilidades.
Os grupos pediram que um tribunal do Estado americano de Louisiana dite uma ordem judicial que bloqueie todas as permissões emitidas para companhias que obtiveram essas isenções.
“O Serviço de Gestão de Minerais do Departamento do Interior fracassou em nos proteger do desastre que estamos presenciando”, disse, em comunicado, o diretor-executivo da Sierra Club, Michael Brune.
O diretor afirmou que a catástrofe evidenciou que a BP não tinha planos de emergência.
Ele acrescentou que a resposta ao acidente incluiu “medidas desesperadas”, como a queima de combustível na superfície marinha e o uso de “potentes químicos” nas águas.
“Se esse é o plano de emergência, precisamos nos replanejar”, destacou Brune, que afirmou que, se as empresas petrolíferas não são capazes de responder a um acidente, também não deveriam poder realizar explorações.
Fonte: G1
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