"un pedacito del planeta que no pudieron no!"

Um cantinho do Brasil, orgulhosamente no Pampa Gaúcho, que quer fazer a diferença,
enxergando e discutindo problemas globais e discutindo e realizando soluções locais .

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Amplo uso de pesticidas leva ao surgimento de “superervas” resistentes

 Direto do em pratos limpos.
Pragas tenazes obrigam agricultores a retomar o arado

Por WILLIAM NEUMAN e ANDREW POLLACK, do New York Times

Folha de São Paulo, 31/05/2010 | DYERSBURG, Tennessee – Assim como o uso intensivo de antibióticos contribuiu para a ascensão de supergermes resistentes a medicamentos, o uso quase generalizado pelos agricultores americanos do herbicida Roundup levou ao rápido crescimento de novas e tenazes superervas.
O mato resistente ao Roundup também é encontrado em outros países, como Brasil, Austrália e China, segundo pesquisas.
Para combatê-lo, os agricultores são obrigados a borrifar os campos com herbicidas mais tóxicos, arrancar o mato manualmente e voltar a métodos mais trabalhosos, como a aração comum.
“Voltamos ao ponto em que estávamos 20 anos atrás”, disse Eddie Anderson, agricultor que vai arar cerca de um terço de seus 1.200 hectares de soja nesta estação, mais do que arou em muitos anos. “Estamos tentando descobrir o que funciona.”
Especialistas dizem que esses esforços poderão causar um aumento do preço dos alimentos, menor produtividade das colheitas, crescentes custos agrícolas e mais poluição da terra e da água. “É a maior ameaça isolada à produção agrícola que já vimos”, disse Andrew Wargo, presidente da Associação de Distritos de Conservação do Arkansas.
A primeira espécie resistente que representou ameaça séria à agricultura foi localizada em um campo de soja no Estado de Delaware em 2000. Desde então, o problema se disseminou, com dez espécies resistentes em pelo menos 22 Estados infestando principalmente campos de soja, algodão e milho.
As superervas podem diminuir o entusiasmo da agricultura americana por algumas colheitas geneticamente modificadas. A soja, o milho e o algodão que são manipulados para sobreviver ao borrifamento com Roundup tornaram-se padrão nos campos dos EUA. No entanto, se o Roundup não matar as ervas daninhas, os agricultores terão pouco incentivo para investir em sementes especiais.
O Roundup -fabricado pela Monsanto mas hoje também vendido por outras empresas sob o nome genérico de glifosato- elimina um amplo espectro de ervas daninhas, é fácil e seguro de trabalhar e se decompõe rapidamente (sic).
Hoje as plantações com sementes Roundup Ready representam cerca de 90% da soja e 70% do milho e do algodão plantados nos EUA. Mas os agricultores já borrifaram tanto Roundup que o mato evoluiu rapidamente para sobreviver a ele.
Anderson está lutando com uma espécie de erva particularmente resistente ao glifosato, chamada Palmer amaranth, ou “erva-porco” [caruru] na denominação local. Na tentativa de matar a praga, Anderson e seus vizinhos estão arando seus campos e misturando herbicidas ao solo.
Isso ameaça reverter um dos avanços agrícolas promovidos pela revolução do Roundup: a agricultura com aração mínima. Ao combinar Roundup com colheitas Roundup Ready, os fazendeiros não precisavam arar abaixo das ervas para controlá-las. Isso reduzia erosão, vazamento de produtos químicos para cursos de água e gasto excessivo de combustível nos tratores.
Se a aração frequente se tornar novamente necessária, será “uma grande preocupação para nosso meio ambiente”, disse Ken Smith, cientista de ervas daninhas da Universidade do Arkansas.
Além disso, críticos de colheitas geneticamente modificadas dizem que o uso de mais herbicidas contesta as alegações da indústria de biotecnologia, de que suas colheitas seriam melhores ao meio ambiente. “A indústria está nos levando a uma agricultura mais dependente de pesticidas, e precisamos ir na direção oposta”, disse Bill Freese, analista do Centro para Segurança Alimentar, em Washington.
A Monsanto, que antes afirmava que a resistência não seria um problema maior, hoje adverte contra se exagerar em seu impacto. Rick Cole, que administra o tema nos EUA para a empresa, disse: “É uma questão séria, mas administrável”.

Ford foi condenada pela Justiça a indenizar o RS



Mídia sulina está calada, apesar de a sentença judicial ter saído em dezembro/2009

A ação ordinária ajuizada pelo Estado do Rio Grande do Sul contra a Ford Brasil Ltda. recebeu sentença favorável, condenando a empresa a indenizar o Estado e reconhecendo o rompimento contratual por parte da montadora. O maior imbróglio vivido pelo mandato de Olívio Dutra como governador toma, a partir da decisão judicial, de dezembro de 2009, nuances distintas em relação à época da saída da Ford do estado e sua instalação na Bahia. Já houve apelação por parte da empresa e a decisão, portanto, não é definitiva.


No documento ao qual Sul 21 teve acesso, o Estado alega que havia celebrado com a Ford um contrato de implantação de indústria, acompanhado de 49 anexos, em data de 21/03/1998. Havia também um contrato de financiamento com o Banrisul, disponibilizando à empresa a quantia de R$ 210.000.000,00 [210 milhões de reais], liberado em três parcelas, de acordo com cronograma acordado entre as partes.

Na época, o governo noticiou que a primeira parcela havia sido liberada, ficando o acesso às demais condicionado à comprovação da vinculação dos gastos das parcelas anteriores à execução do projeto. Diz a ação que o Estado, no início de 1999, frente ao conjunto de obrigações assumidas no contrato, procurara, amigavelmente, rever algumas cláusulas que considerava nulas e prejudiciais ao patrimônio público.

Ainda segundo o documento, no final de março de 1999, a montadora estava ciente de que deveria prestar contas, e apresentou grande quantidade de documentos e um rol de alegados gastos com o programa Amazon, relativos ao período de julho de 1997 a março de 1999, os quais foram remetidos à contadoria da Auditoria Geral do Estado (CAGE), que concluiu que a comprovação era insuficiente. Antes mesmo da conclusão dos trabalhos da CAGE, a Ford já havia se retirado do empreendimento por iniciativa própria, anunciando a ida para a Bahia, sem encerrar tratativas oficiais com os representantes do Poder Público Estadual no RS.

“A Ford, consoante supramencionado, quando notificou o Estado de que estava desocupando a área onde seria implantada a indústria e sustentou, equivocadamente, o descumprimento do contrato pelo Estado que negava-se a repassar a segunda parcela do financiamento, indiscutivelmente tornou-se a responsável pela rescisão contratual. Diz-se equivocadamente, porque estava o Estado amparado nas disposições contratuais quando negou o repasse da segunda parcela do financiamento, em face da já mencionada pendência da prestação de contas pela FORD, daqueles valores repassados, concernente à primeira parcela do financiamento”, diz o documento.

Segundo matéria do jornalista Fredi Vasconcelos publicada na Revista Fórum em 2008, o custo da disputa para tirar a fábrica do Rio Grande do Sul vinha sendo revelado aos poucos, já que as negociações foram secretas, sem nenhuma participação da sociedade. O contrato original fechado pela Ford com o então governador Antonio Britto para a construção da fábrica previa o repasse de 419 milhões de reais (234 milhões em obras de infra-estrutura, 185 milhões em financiamento de capital de giro e concessão de créditos de ICMS). Algo parecido com os incentivos dados para a fábrica da General Motors, que acabou sendo construída no Rio Grande do Sul.
 
Leia mais no Diário Gauche.

domingo, 30 de maio de 2010

Marco Aurélio Garcia: Serra, o exterminador do futuro da política externa


Veja mais no Pátria Latina.













Quis destruir o Mercosul. Agora, a relação Brasil-Bolívia

do Vermelho
O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, rebateu nesta quarta-feira as críticas do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à relação do Brasil com a Bolívia, classificando o tucano como “o exterminador do futuro da política externa” do país. Serra disse que o governo boliviano, do esquerdista Evo Morales, “é cúmplice” do tráfico de cocaína para o Brasil.

“O presidente Serra está tentando ser o exterminador do futuro da política externa. Ele quis destruir o Mercosul. Agora, quer destruir nossa relação com a Bolívia. O Mahmoud Ahmadinejad virou Hitler. Eu acho que talvez ele esteja pensando, na política de corte de despesas, em fechar umas 20 ou 30 embaixadas nos países nos quais ele está insultando neste momento”, disse Garcia.

O assessor presidencial afirmou ainda que Serra “deveria ser mais prudente” em suas declarações, que não são compatíveis com as suas “aspirações” ao cargo de presidente.

O tucano fez a declaração em entrevista a um programa de rádio, quando falava sobre a ideia de criar um Ministério da Segurança Pública caso ele seja eleito sucessor do presidente Lula.

“A cocaína vem de 80% a 90% da Bolívia, que é um governo amigo, não é? Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disso. Quem tem que enfrentar esta questão? O governo federal.”

Depois do programa, questionado pelos jornalistas, o pré-candidato do PSDB afirmou que o governo boliviano faz “corpo mole” ao permitir que, “de 80%, 90%” da cocaína que entra no Brasil venha “via Bolívia”.

“É um problema de bom senso. Você acha que poderia entrar toda essa cocaína no Brasil sem que o governo boliviano fizesse, pelo menos, corpo mole? Eu acho que não”, disse Serra, que definiu a afirmação sobre a suposta conivência do governo do presidente Evo Morales com o tráfico de drogas como “uma análise”: “Eu não fiz uma acusação”.

sábado, 29 de maio de 2010

A sustentabilidade da governadora Yeda




Já nem "existe" mais a Aracruz, mas a fotos segue emblemática
Por Paulo Mendes Filho*
A sustentabilidade ambiental passa longe do imaginário da governadora e de sua equipe de Governo. Pelo contrário, faz tudo contra a sustentabilidade. Empoderando o agronegócio em detrimento da agricultura familiar,  o uso de veneno em detrimento da agricultura orgânica, a monoculura em detrimento da agricultura diversificada age contra a biodiversidade. Enfraqueceu a Secretaria da Agricultura, disponibilizando o orçamento ao menor nível da sua história, e desestruturou totalmente a Secretaria de Meio Ambiente.
No mesmo ritmo, mandou embora mais de 500 técnicos qualificados da Emater-RS. Desfez o zoneamento da silvicultura elaborado na Fepam e FZB. Estimulou politicamente e economicamente o plantio dos transgênicos e da monocultura de soja em todo o Rio Grande do Sul. E por fim, no apagar das luzes, colocou a venda o MORRO SANTA TEREZA em Porto Alegre. Um dos únicos campos nativos de Porto Alegre, que faz parte do Bioma Pampa. Uma grande área verde que está sendo oferecida para a iniciativa privada por menos de 10% do seu valor de mercado.
Portanto, infelizmente, por tudo que estamos assistindo podemos afirmar que a governadora Yeda e seu governo são insustentáveis no Rio Grande do Sul. Colocar um artigo sobre biodiversidade é de um oportunismo característico deste governo. Mídia casada, um dia aterrisa o primeiro artigo sobre meio ambiente e no outro notícia sobre liberação de recursos do Banco Mundial para o Bioma Pampa. Mas que mágica a governadora pretende fazer? Se o seu governo modificou o zoneamento da silvicultura e já acertou a ocupação do Bioma Pampa com paus de eucaliptos. Agora pretende posar de ambientalista. O que é isso? Depois de iniciado o mais agressivo plano de destruição do Bioma Pampa joga para a torcida afirmando que chegou “a vez do pampa”. Mas que grande piada.
Falar de Biodiversidade em artigo, noticiar recursos do Banco Mundial para o Bioma Pampa e ao mesmo tempo estimular a monocultura que vai retirar milhares de agricultores familiares do campo, degradar o ambiente e comprometer o futuro de toda a Metade Sul é no mínimo uma grande contradição. Não passa de recursos de palanque e como se diz no popular “um olho na gata e outro no peixe”.
Precisamos ficar muito atentos. Primeiro, se o recurso do Banco Mundial vai chegar de fato. Se chegar, atenção dobrada, para acompanhar onde será aplicado. O Rio Grande precisa de sustentabilidade, luta, mobilização e uma overdose de verdade, mas a governadora continua insistindo apenas na sustentabilidade de seu governo.
*Diretor do SEMAPI Sindicato (Sindicato dos Empregados das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do RS)  e Secretário de Meio Ambiente da CUT/RS

BRASIL, BOLÍVIA E SERRA



Depois de dizer, na quarta-feira, que a Bolívia é cúmplice do tráfico de drogas e de seu envio para o Brasil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, ironizou novamente o governo boliviano. Correio do Povo e Zero Hora informaram que, diante de um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do país vizinho, que classificou suas declarações como “irresponsáveis” e “político-eleitorais”, o tucano respondeu: “Não vale uma nota de 3 reais.” CP destacou em texto secundário e com foto do encontro entre o presidente Lula e o presidente boliviano, Evo Morales, no 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações. Na hora da foto oficial, o presidente disse: “Vamos posar aqui. Vamos fazer inveja no Serra”.
Leia esta e muito mais no Sul 21.

Uso maciço de glifosato está afetando raízes das plantas RR

Leia esta e muito mais no Blog Em pratos limpos 

No último mês, o jornal estadunidense Washington Post publicou uma longa reportagem da Reuters que, entre outros assuntos, relata evidências de que o herbicida glifosato usado nas lavouras transgênicas Roundup Readyprovoca danos no desenvolvimento das raízes das plantas: ou seja, a tecnologia usada para facilitar o manejo das ervas espontâneas acaba adoecendo a própria lavoura.
A reportagem fala de Robert Kremer, um microbiologista do governo estadunidense especialista em solos cujo laboratório está situado na Universidade de Missouri, literalmente na sombra do Auditório Monsanto. Na linha de evidências discutidas já há mais tempo, descobertas recentes de Kremer e outros pesquisadores estão levantando “novas” preocupações sobre os produtos da Monsanto e apontando a ineficiência das agências do governo estadunidense.
Kremer trabalha na área de solos do Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA (Departamento de Agricultura do Governo), e nos últimos anos vem realizando testes sobre o crescimento das plantas que mostram a destruição de sistemas radiculares em plantas transgênicas tolerantes ao glifosato.
Nos experimentos de Kremer, as folhas das plantas transgênicas expostas a aplicações do herbicida mostraram-se imune ao tratamento químico. Mas não as raízes. “O glifosato liberado no solo parece estar afetando o crescimento das raízes e os microrganismos benéficos associados às raízes. Precisamos entender qual é a tendência de longo prazo”, disse ele.
A adoção das lavouras transgênicas tolerantes ao glifosato provocou um drástico aumento no uso do herbicida nos EUA. Paralelamente, alguns cientistas dizem haver indícios de aumento de doenças fúngicas em raízes, assim como deficiências nutricionais em lavouras Roundup Ready. A deficiência de manganês em soja já se tornou um problema em importantes áreas de produção, incluindo os estados de Indiana, Michigan, Kansas e Wisconsin.
Pesquisa divulgada no Brasil em 2007 já informava que planta contaminada com glifosato tem o crescimento de folhas e raízes diminuído, além de perda de resistência contra doenças, mesmo com doses baixas do agrotóxico.
A reportagem da Reuters lembra que em outros lugares pesquisadores têm chegado a evidências de que o uso de glifosato pode também estar relacionado ao surgimento de câncer, abortos e outros problemas de saúde.
Kremer faz ainda um alerta sobre o fato de os órgãos reguladores não prestarem atenção aos riscos potenciais da tecnologia. “A ciência não está sendo considerada na política sobre o assunto”, disse o cientista. “Esta pesquisa é importante. Precisamos ser vigilantes”.
No Brasil, o efeito de longo prazo do glifosato sobre a biota do solo pode ser ainda mais devastador, dada a importância das bactérias fixadoras de nitrogênio nos sistemas de produção de soja.
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Com informações de:
Special Report: Are regulators dropping the ball on biocrops?, da Reuters, publicado no Washington Post em13/04/2010.
Yamada, T.; Camargo e Castro, P. Efeito do glifosato nas plantas: implicações fisiológicas e agronômicas. International Plant Nutrition Institute. Informações Agronômicas, n. 119. set.2007.


Leia ainda: 

Arroz gera debate na Embrapa

Bancada ruralista quer decidir sobre o Código Florestal


Do blog Diário Gauche


Agronegócio quer devastar mais e mais

Na próxima terça-feira, dia 1º de junho, nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso. Deputados da famigerada bancada ruralista estão tentando destruir o nosso Código Florestal, buscando reduzir dramaticamente as áreas protegidas, incentivando o desmatamento e os crimes ambientais.

O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro.

Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma grande mobilização contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos.

Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores e o extrativismo sustentável.

As propostas devastadoras incluem:

- Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%


- Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro

- Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da área devastada

- Transferir a legislação ambiental para a esfera estadual e municipal, removendo o controle federal e facilitando decisões que favoreçam o agronegócio e a devastação dos biomas

Essa não é uma disputa entre ambientalismo versusdesenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.

A proteção das florestas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo.

Pescado do Avaaz.org

Todos no Brique da Redenção!


Do blog Dialógico


CONVITE!

No sábado 29/05/2010 e no domingo 30/05/2010, à partir das 9h30min, todos ao Brique da Redenção para participar da Campanha "O Morro é Nosso".

Haverá panfleteação e coleta de assinaturas contra a venda do Morro Santa Teresa, contra o 
PL 388/09.

O PL 388/09 autoriza o governo Yeda a alienar a sede da FASE na Av. Padre Cacique em Porto Alegre a qual ocupa a maior parte do Morro Santa Teresa.


PARTICIPE! ENVIE MENSAGENS PARA OS DEPUTADOS ESTADUAIS CONTRA O PL 388/09!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Direto do blog do Centro de Estudos Ambientais



Parlamentares phttp://photos.mongabay.com/07/0604fazenda33_250.jpgassam a manhã ouvindo dois pesquisadores que demolem os argumentos da bancada da motossera de que o meio ambiente sufoca o agronegócio
Em café da manhã organizado hoje na Câmara Federal, a Frente Parlamentar Ambientalista concedeu espaço para a apresentação de estudos de dois importantes pesquisadores das florestas brasileiras.
O primeiro a se apresentar foi o professor do departamento de solos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, Gerd Sparovek. A pesquisa, desenvolvida em parceria com a Universidade de Chalmers, na Suécia, mostra que não é preciso enfraquecer a atual lei ambiental para garantir o desenvolvimento da agricultura no Brasil, argumento amplamente defendido pelos ruralistas.
Para Sparovek, mesmo com a aplicação de todas as regras instituídas pelo atual código florestal ainda sobrariam 104 milhões de hectares de florestas nativas que poderiam ser desmatadas. Só para se ter uma idéia da grandiosidade do número, a área equivale a quatro vezes o estado de São Paulo. “Se esse for a desculpa para modificar a lei, ele não é válido. Hoje o Brasil tem a possibilidade de duplicar sua área de agricultura e pecuária”, disse Sparovek.
Entre outras conclusões, o estudo mostra que apesar da lei atual instituir 254 milhões de hectares de floresta como reserva legal, existe hoje um déficit de 43 milhões de hectares. Já nas unidades de conservação o déficit é de cinco milhões de hectares, o equivalente a 3% do que deveria ser preservado.
Faixa de mata ciliar precisa ser maior
Em seguida Jean Paul Metzger, professor da USP e doutor em ecologia pela Universidade Paul Sabatier de Toulouse, França, apresentou pesquisa que defende a ampliação das Áreas de Preservação Ambiental (APPs). Enquanto a lei brasileira exige que 30 metros das margens de rios sejam preservados para garantir a conservação da biodiversidade, o professor defende que o mínimo é que haja preservação de pelo menos 50 metros de floresta nativa em cada uma das margens. “Tal como é hoje, é possível garantir que apenas 55% das espécies sejam preservadas”, disse.
O estudo também conclui que a área a ser preservada para garantir os corredores ecológicos não varia de acordo com bioma, o que desmonta o argumento de Aldo, que antecipou em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada na semana passada que o relatório defenderá limites protegidos diferenciados para cada tipo de terreno.
O café da manhã foi a chance de Metzger expor seu estudo, considerado de extrema relevância para as discussões do código florestal. Esse direito lhe foi negado recentemente pela comissão especial, que apesar de ter aprovado o requerimento para Metzger expor suas idéias, preferiu fazer vista grossa e não convidá-lo a comparecer à comissão.
O relator não foi
Há menos de uma semana para a entrega do relatório que pretende definir o novo código florestal, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator da comissão especial que discute o tema, se sentiu à vontade em não comparecer à apresentação dos dois estudos, considerados indispensáveis no debate da modificação da lei ambiental brasileira.
Aldo não só não apareceu ao café da manhã como também se negou a comparecer a um jantar com os pesquisadores que aconteceria na noite anterior à apresentação. Em contrapartida outros ruralistas como os deputados Paulo Piau (PMDB-MG) e o Celso Maldaner (PMDB-SC), ambos membros da comissão especial compareceram ao café.
Fonte: Greenpeace


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Direto do CEL3UMA


            fotos Neudicléia de Oliveira/agencia ceL3uma imagem

Atingidos por Barragens
realizam atos públicos no RS
 


por Neudicléia de Oliveira

Durante o dia de hoje (27), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), junto aos demais movimentos sociais que compõem a Via Campesina, realizam ato publico na BR 153 junto ao trevo que dá acesso a FRINAPE, em Erechim. Atos como este permanecem em todo o Rio Grande do Sul por mais investimentos do governo federal na agricultura camponesa. Bloqueios de rodovias e protestos integram as mobilizações, que ocorrem em Canguçu (na Região Sul), Santa Cruz do Sul (Vale do Rio Pardo) e Iraí, na divisa com Santa Catarina.


O objetivo deste ato é dialogar com a sociedade local os principais problemas que estão enfrentando neste momento no estado do Rio Grande do Sul. Por isso reivindicam a criação de um fundo de reserva ambiental com o pagamento de um valor mensal  para cada família que fizer a preservação e a recuperação ambiental em suas propriedades, o rebate de R$ 10 mil reais nas dívidas e renegociação do restante para os pequenos agricultores e assentados, crédito subsidiado para produção de alimentos saudáveis  aos pequenos agricultores que fizerem  a preservação ambiental, reforma agraria e desapropriação  imediata  dos latifundios do agronegócio que não respeitam o ambiente, reinvindicam também um Projeto Popular Energético, em que a energia não seja uma mercadoria, que tenha um valor acessível a toda a população e que seja de boa qualidade, onde se respeite as populações ribeirinhas e o meio ambiente.


...::::agência ceL3uma imagem:::....

Direto do Centro de Estudos Ambientais


Esse post já havia sido publicado aqui no Blog, porém, por conta de comemorarmos hoje o dia da Mata Atlântica, nos pareceu razoável republicarmos. Até porque o PL 154 – aquele que não faz referência alguma à existência deste bioma – segue na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa gaúcha.
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No município de Pelotas, a Mata do Totó que fica a beira da Lagoa dos Patos, também é Mata Atlântica senhores deputados! Imagem por Cíntia Barenho
Os gaúchos e as gaúchas têm Mata Atlântica sim!
Por Cíntia Barenho
Pois então, para quem não sabe, o famigerado PL 154/09 – PL que desprotege o meio ambiente gaúcho* – proposto pelo deputado Edson Brum, traz uma “inovação” a supressão do termo Mata Atlântica em todos os artigos que tratavam da temática. Isto mesmo, segundo o deputado, como já consta na legislação federal, não é necessário constar na legislação estadual.
Conto da carochinha…
A retirada do termo, desvincula a necessidade de proteção deste bioma tão destruído ao longo da colonização e expansão urbana do nosso país. Os maiores centros urbanos brasileiros estão na zona de Mata Atlântica. Tal bioma está presente em 15 Estados Brasileiros e atualmente restam apenas 7,3% da área original. A riqueza da biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à biodiversidade da Amazônia.
O território gaúcho conta apenas com dois biomas: a Mata Atlântica e o Pampa.

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O Mapa do IBGE é claro e auto-explicativo, senhores deputados! Inclusive está disponível no site da SEMA
Cada qual mais ameaçado pela expansão degradadora e criminosa do agronegócio. No entanto, a supressão do termo Mata Atlântica da nossa legislação ajuda a desvincular a série de tutelas legais específicas para a Mata Atlântica (ex. Lei da Mata Atlântica). Ou seja, fica mais fácil se seguir exterminando o que já está praticamente degradado.
Enfim, os pressupostos para a defesa e manutenção do termo Mata Atlântica são vários, inclusive, fazemos parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica que é um programa do MAB/UNESCO que mapeou áreas prioritárias em nível mundial importantes para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.
Para saber mais acesse:
*Claro que o meio ambiente não é só dos gaúchos é de todos os brasileiros e brasileiras. No entanto, precisamos estar atentos na defesa do meio ambiente do RS, para que todos os biomas do território nacional também estejam protegidos.

Direto do Dialógico


Uma campanha para por o ponto final na violência contra mulheres e meninas


A Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, uma articulação nacional voltada para a defesa dos direitos humanos e saúde integral das mulheres, está impulsionando no Brasil aCampanha Ponto Final Na Violência Contra Mulheres e Meninas. A campanha terá lançamento nacional nesta sexta-feira, 28/05, às 15 horas, na Associação Comunitária do Campo da Tuca, Rua D, nº 200, Bairro Partenon, Porto Alegre/RS. A Ponto Final tem como meta eliminar a aceitação social de todas as formas de violência contra as mulheres nos diversos níveis sociais, com a intensidade e cobertura necessárias para criar uma mobilização de longo prazo direcionada a erradicação da violência.
A Campanha Ponto Final na Violência contra Mulheres e Meninas temna coordenação para a região da América Latina e do Caribe a Rede de Saúde das Mulheres Latinoamericanas e do Caribe - RSMLAC e é resultante de parceria com a agência de financiamento internacional Oxfam-Novib. No Brasil, além da Rede Feminista de Saúde, integram a Coordenação Geral a Rede de Homens pela Equidade de Gênero - RHEG, de Recife,Pernambuco, AGENDE - Ações de Gênero, Cidadania e Desenvolvimento, de Brasília/DF e o Coletivo Feminino Plural, de Porto Alegre/RS. Trata-se de uma experiência já desenvolvida em vários países da Ásia e África que foi adequada ao contexto latino-americano e caribenho.
Nesta sexta-feira, a Campanha passa a desenvolver-se, simultaneamente, no Brasil, Bolívia, Haiti e Guatemala, numa data que marca o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher. A escolha deste dia para o lançamento nacional e internacional relaciona-se aos impactos danosos da violência contra a saúde integral das mulheres e meninas. A Ponto Final se baseia em fundamentos éticos acordados internacionalmente acerca da responsabilidade com as mulheres em situação de violência, de forma a jamais expor suas vidas em risco, trabalhar em rede e incluir lideranças já existentes nas comunidades. É uma ação complementar a todos os esforços já existentes, governamentais e não-governamentais cujo foco é o enfrentamento da violência contra as mulheres, bem como o compartilhamento de estratégias com redes, articulações, organizações, pessoas e profissionais de um modo geral.
Leia matéria completa no blo Dialógico