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sexta-feira, 1 de julho de 2011

UFSC debate impactos à saúde do milho Bt

Seminário divulga pesquisa sobre impactos dos transgênicos na saúde‏
O Centro de Ciências Agrárias da UFSC sedia hoje (27), um seminário sobre a resposta imunológica do consumo de alimentos transgênicos com a toxina Bt.
Essa toxina é produzida por plantas transgênicas que têm inserido em seu genoma o transgene Cry1Ab, modificado da bactéria Bacillus thuringiensis. A resposta imunológica está relacionada aos mecanismos adotados por organismos na defesa contra invasores externos.
O encontro é no auditório do CCA, Bloco B, Bairro Itacorubi, a partir de 16h30. Pesquisas com transgênicos são desenvolvidas junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC há mais de 20 anos.
Os resultados do novo estudo serão apresentados pela pós-doutoranda italiana Elena Rocca, que faz um intercâmbio no Brasil. Sua pesquisa integra o Projeto de Pesquisa em Biossegurança de Organismos Geneticamente Modificados, executado em um convênio entre a UFSC e o Centre of Biosfety (Genok), vinculado à Universidade de Tromso, na Noruega.
O objetivo da pesquisadora da universidade norueguesa é verificar o impacto da toxina Bt na saúde. Para realizar o estudo, Elena Rocca alimentou 100 frangos com milho transgênico (Bt) e 100 frangos com milho orgânico no município de Campos Novos (SC).
Duas amostragens de sangue das aves foram analisadas nos laboratórios da UFSC. Posteriormente serão avaliados alguns órgãos do sistema digestivo das aves.
Esta é a primeira pesquisa realizada com o milho brasileiro. “Não existem estudos sobre o comportamento da proteína transgênica nas variedades de milhos cultivados no Brasil”, ressalta a doutoranda Sarah Agapito, que também integra o projeto de biossegurança.
Toxina BT – A toxina Bt produzida por plantas transgênicas é oriunda de um gene modificado da bactéria Bacillus thuringiensis. Esse evento transgênico foi desenvolvido para ser mais tolerante ao ataque de lagartas (insetos da Ordem Lepidoptera). No entanto, alguns estudos comprovam o efeito da toxina também em organismos que não são alvos. Um estudo canadense realizado por Azziz Aris e Samuel Leblanc, da Universidade de Quebec, por exemplo, constatou a presença da toxina no sangue de mulheres e fetos, comprovando que a substancia não é quebrada no intestino, portanto pode ser prejudicial também a outros organismos.
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Mais informações: Pós Graduação em Recursos Genéticos Vegetais (48) 3721-5333 / 8823-7793 (Sarah Agapito, doutoranda do Programa de Pos-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais)
(Ascom UFSC)

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