"un pedacito del planeta que no pudieron no!"

Um cantinho do Brasil, orgulhosamente no Pampa Gaúcho, que quer fazer a diferença,
enxergando e discutindo problemas globais e discutindo e realizando soluções locais .

domingo, 21 de agosto de 2011

21 de setembro: Dia Internacional de Luta contra os Monocultivos de Árvores



WRM
Adital
Tradução: ADITAL

Em mais ou menos um mês será celebrado o Dia Internacional de Luta contra os Monocultivos de Árvores, dia 21 de setembro, data em que serão realizadas diversas atividades no mundo.
Desde o WRM, organizaremos uma serie de ações e, ao mesmo tempo, produziremos alguns instrumentos que podem ser úteis para os que realizarão atividades no marco do Dia Internacional.
Para começar, gostaríamos de chamar sua atenção para a seguinte atividade:
O ano de 2011 foi declarado pelas Nações Unidas como Ano Internacional dos Bosques. Nesse marco, WRM iniciou uma campanha que procura questionar a definição de bosque da FAO. Entre outras atividades, lançamos a carta abaixo, para a qual buscamos assinaturas de cientistas e profissionais de distintas disciplinas que abordam o estudo da natureza. A carta será apresentada ante a FAO no próximo dia 21 de setembro.
Para aderir à carta, enviar um e-mail a: Forest@wrm.org.uy (incluir nome, organização, país). Também se pode aderir visitando a seguinte página web: aqui
Se desejam distribuir a carta entre seus contatos, podem fazê-lo.
Saudações,
A equipe de WRM.
Carta Aberta à FAO
A FAO define "Bosque” como: "Terras que se estendem por mais de 0,5 hectares, dotadas de árvores de uma altura superior a 5 metros e uma cobertura de dosel superior a 10%, ou de árvores capazes de alcançar esta altura in situ (*)”.
Segundo esta definição tem sido possível substituir bosques primários por plantações monoclonais de árvores de espécies exóticas geneticamente manipuladas, sem que isso seja considerada desmatamento. Essa definição também permite chamar de "bosques” a monocultivos industriais de árvores que se expandem a expensas da destruição de outros ecossistemas.
O problema se agrava enquanto outras organizações e iniciativas da ONU, como a Convenção Marco sobre a Mudança Climática, bem como inúmeros governos nacionais, aplicam essa definição em suas negociações, programas e políticas. Mais ainda, muitas análises e ações são implementadas a partir dessa definição.
Consideramos que a definição atualmente utilizada pela FAO deve ser mudada. Ela está muito distante de contemplar a complexidade estrutural dos ecossistemas boscosos, diversos, multiestratificados e complexos funcionalmente. Tampouco reflete sua capacidade de prover serviços ecossistêmicos fundamentais para a humanidade, como a manutenção da biodiversidade ou o armazenamento de carbono; nem contempla o papel fundamental que jogam na vida das populações locais. Agrupar sob uma mesma definição as plantações de árvores e a dos bosques naturais diversos conduz a tomar decisões errôneas. A atual definição de bosque tem consequências negativas a escala local e global, enquanto legitima a expansão dos monocultivos industriais de árvores, cujos impactos sociais, econômicos, ambientais e culturais têm sido amplamente documentados e denunciados.
Por tudo isso, os abaixo assinantes, como cientistas e profissionais de distintas disciplinas que abordam o estudo da natureza, expressamos nossa inconformidade com a definição de Bosque da FAO e instamos esse organismo a que inicie um processo de revisão da mesma.
Movimiento Mundial por los Bosques 
Maldonado 1858 - 11200 Montevideo - Uruguay
tel: 598 2 413 2989 / fax: 598 2 410 0985
wrm@wrm.org.uy - http://www.wrm.org.uy

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