por Graciela Gomez
17/06/2011
Uma longa e controvertida sequência de decisões e cumplicidades desembocaram no modelo agropecuário da monocultura. Além do mais, o tempo mostrou a existência de uma metodologia que conta com a participação de políticos, juízes, médicos e jornalistas, que são os atores necessários nessa partilha. Todos sabem que os agrotóxicos são utilizados em quantidade e sobre as populações, e também que produzem efeitos letais à saúde.
Um relatório publicado pelo Departamento de Agricultura dos EUA e pelo Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas dá conta que o uso do herbicida glifosato aumentou nos últimos anos, enquanto que o uso de outros produtos químicos, inclusive mais tóxicos ainda como a atrazina (1), não diminuiu. Contrariando as afirmações comuns dos fabricantes, o uso do glifosato disparou em relação à quantidade utilizada há apenas cinco anos.
O milho do estado de Nebraska, nos EUA, experimentou um crescimento no uso de glifosato de cinco vezes em somente sete anos. Por outro lado, o uso generalizado da atrazina é uma preocupação, devidos às ligações dessa substância química com graves efeitos sobre a saúde humana, incluindo malformações de nascimento. A resistência das pragas tem levado os agricultores a depender cada vez mais de misturas tóxicas, incluindo alternativas como a atrazina. Também houve uma ação maior por parte das empresas no sentido de pesquisar variedades de sementes que sejam resistentes aos tratamentos herbicidas múltiplos, tais como o glifosato e 2,4-D, ou glifosato e acetocloro.
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