"un pedacito del planeta que no pudieron no!"

Um cantinho do Brasil, orgulhosamente no Pampa Gaúcho, que quer fazer a diferença,
enxergando e discutindo problemas globais e discutindo e realizando soluções locais .

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ganância de quem cara pálida?



            “O problema do mundo está na ganância que existe em cada um de nós”. Esta frase foi dita por um integrante de uma ONG ambientalista ao final da apresentação do Dossiê sobre a silvicultura no Pampa. Bem a professora autora do trabalho iniciou sua fala deixando claro que não se tratava apenas de um dossiê sobre um negócio, mas sim sobre um novo jogo do sistema capitalista, o agronegócio.
            Voltando a fala do indivíduo – Ganância de quem cara pálida? – dos pobres creio que não afinal pra quem recebe ou gera 1 salário mínimo ou menos pra sustentar uma família com 2, 3, 4 filhos, a gana não é maior do que comer, morar e vestir.
            Sempre existiram furações, terremotos, enchentes, deslizamentos, catástrofes naturais            , e o ser humano no alto de sua arrogância toma pra si até mesmo a autoria da natureza, dentro do seu processo de tornar-se Deus (que por mais que hoje tu não creias nele, sabes muito bem no que me refiro).
            Seguindo alguns fatos, crise Européia de celulose, silvicultura (no mundo todo), crise do carbono (A verdade inconveniente), mercado de carbono. Claro que isto não é tão simples, mas pra mim soa de alguma forma semelhante a outros fatos como final 2ª guerra mundial, crise mundial de alimentos, revolução verde, ou ainda, Ditador Sanguinário, crise do petróleo, ocupação do Iraque, e bem por aí vai...
            Ou então coisas menos megalomaníacas como o ato de comer uma alface viva ou uma semente germinada sem o menor pesar, afinal somos soberanos, temos sistema nervoso central, polegar opositor e ...
            Enfim, esta civilização que aí está se enxerga como única, como se o mundo tivesse iniciado quando o petróleo surgiu, quando muito. Há vários anos ouço que existe neste tempo que vivemos um conflito de gerações, meu pai já dizia que “tudo que poucos esbanjaram, todos teremos que economizar”, mas não é o que vejo. Vejo muito discurso e pouca prática. Como discutir código florestal, leis ambientais com pessoas que não fazem idéia de onde sai a alface que está comendo, de quanto que o sol que você quer nas suas férias na praia prejudica quem produz a sua alface, o leite que faz o seu requeijão, sua manteiga.
            O que espero é que possamos descobrir qual é de fato a melhor forma de viver por aqui, já que nossos ancestrais invasores fizeram o grande feito de acabar com os povos que retinham o conhecimento milenar deste mundo.
            Mas que esta descoberta vá além de livros, textos e prêmios. Que cresçam as práticas!!!
Marília  Gonçalves

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