O evento realizado pelo grupo de Abolição do Especismo Rio Grande, na sede da OAB em Rio Grande RS no dia 25/08/2010, contou com um auditório cheio e muitas informações importantes para argumentarmos com nossa consciência.
"Nossa postura antropocênctrica produtivista precisa ser modificada", salientou Antônio Soler, do CEA, um dos palestrantes da noite. O tema abordado por Soler foi "Direito e educação ambiental e questões contenporâneas", numa visão nítida e concreta dos tempos atuais. Monocultivos, agrotóxicos, transgênicos, lixões, extrações minerais, construção de hidrelétricas, contribuem enormemente com o aquecimento global, visto que para tais são necessários desmatamentos, queima de combustível; causam dano à saúde de tudo o que é vivo, secam nascentes, causam erosão, extinguem o habitat dos animais (mangue, pampa, banhados - que fazem parte do ciclo da água), causam imensos problemas sociais.
Porém, a parte de cada um tem que ser feita. Questionamo-nos: consumo mais que o necessário? De onde vem o que consumo? Que faço com todo o resíduo que produzo (sacolinhas plásticas, caixinhas tetra pak, garrafas pet, orgânicos, embalagens das mais diversas formas da matéria)? Para onde vai meu resíduo? Para muitos é piada quando se fala em redução do consumo. Mas a realidade nos mostra que consumimos muito mais que o planeta suporta. Por que os meios de comunicação não divulgam a gravidade da situação global? Será que o lucro de poucos é mais importante? Enquanto agem como sanguessugas do planeta que é de todos, destróem ecossistemas(a si próprios). As espécies se completam no ambiente (ciclo natural), e nós fazemos parte desse ambiente. Apenas 20% da população global se 'beneficia' com o extermínio de espécies vivas.
Também palestrou Alex Avancini, falou sobre "Veganismo para um ambiente melhor", seus conceitos e práticas. Tem como centro do pensamento a supremacia de todos os seres do reino animal; considera que árvores, minerais, por não terem sistema nervoso central, é pacível de livre consumo. Para conhecer melhor acesse VEGAN STAFF.
Percebeu-se por fim, que o interesse sobre o assunto 'nosso ambiente' é crescente, mas os dados que lemos e vemos sobre esse assunto não são muito positivos. Como foi dito por Soler, as políticas públicas tem que ser adequadas e cumpridas, o que não se vê perspectiva de mudanças efetivas. No Brasil as leis ambientais são rigorosas. A morosidade da burocracia, associado ao desinteresse político(por interesses financeiros, falta de ação de fiscalização e falta de ações práticas pela mudança de hábitos nocivos ao ambiente ), faz das leis praticamente nulas. Eis algumas delas que temos que saber:
Artigo 43 e 225 do Código Florestal (consequencias sérias à biodiversidade geral)
Leis 6938 e 9605.
TODOS TEMOS DIREITO AS INFORMAÇÕES AMBIENTAIS
Mônica Gonçalves
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