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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mulheres no comando dos dois principais países da América do Sul

O olhar do autor artigo pode parecer um tanto machista, mas vale a análise
por Jorge Seadi
Brasil e Argentina, países vizinhos que disputam a liderança do continente, têm mais semelhanças (e diferenças) do que se imagina. O Brasil vai ser governado por uma mulher, Dilma Rousseff, pela primeira vez; a Argentina já é dirigida por uma há três anos.
Dilma acorda nesta segunda curtindo a ressaca da vitória; Cristina Kirchner, o sofrimento da morte do marido e líder político. Enquanto Dilma se recupera do “porre de felicidade” e volta para (re)organizar de seu governo em Brasília; Cristina retorna a Buenos Aires para o primeiro dia de trabalho sem a companhia do marido, considerado por muitos como o mentor de seu governo.
Dilma agora vai tratar das alianças, dos convites, da formação de seu governo; Cristina volta a rotina do dia a dia e prepara-se para definir se será candidata a reeleição em outubro do ano que vem.
Cristina
A presidente da Argentina passou o final de semana em sua casa na província de Santa Cruz junto de seus dois filhos e amigos íntimos. Antes de voltar para Buenos Aires, ontem à noite, passou pelo cemitério de Rio Gallegos para uma visita ao túmulo do marido, sepultado na última sexta-feira. Depois de inúmeras viagens iguais a esta, como era costume do casal Kirchner, esta foi a primeira sem Néstor Kirchner.
Nesta manhã de segunda, em Olivos, retoma seu dia a dia. E como era de se esperar fez algumas alterações em sua agenda. O evento desta manhã em que deveria declarar o vinho como a bebida nacional argentina foi adiado. Também cancelou sua viagem ao Vietnã no próximo final de semana. Irá direto à Coreia do Sul para a reunião do G20. Hoje, passa o dia sem agenda externa, na companhia dos filhos e dos ministros mais chegados. É possível que convoque uma cadeia nacional de rádio e televisão para agradecer à população o apoio recebido com a morte do marido, Néstor Kirchner.
Ao mesmo tempo, analistas acreditam que ela vai continuar com os projetos do período em que o ex-presidente Néstor Kirchner atuava nos bastidores do poder. Um dos pontos mais discutidos e que deve continuar na pauta da presidente é a briga com os veículos de comunicação, principalmente o Clarín e La Nación. Enquanto isto, os governadores de províncias aliadas ao governo federal já trabalham para dar apoio incondicional a Cristina e também já se movimentam para confirmá-la como candidata a reeleição em outubro do ano que vem.
Outra especulação que especialistas e a imprensa argentina fazem é com relação à atividade de seu filho mais velho, Máximo. Com 32 anos, o filho é muito próximo a mãe — uma espécie de secretário pessoal da presidenta — e foi o principal apoio durante a morte de Néstor Kirchner. A verdade é que Cristina Kirchner, ex-senadora que foi eleita para a presidência em “uma jogada” política arquitetada por seu marido, tem a liderança política do chamado kirchnerismo.
Dilma
No seu discurso da vitória, ontem a noite, Dilma se emocionou ao falar da escolha e do apoio do presidente Lula durante toda a campanha. Ela ressaltou que aprendeu muito ao longo da convivência com o presidente e “ressaltou que vai bater muitas vezes em sua porta”.
Certamente, nos dois meses que têm de prazo para montar o seu governo, vai utilizar a experiência, a vivência e o conhecimento de Lula para montar o seu governo. A coligação de Dilma tem 10 partidos e todos desejam uma participação no governo. Mas a ajuda de Lula será fundamental neste quebra-cabeça.
Se Dilma tem Lula, Cristina não tem mais Néstor.
Com informações do Clarín, La Nación e Página 12

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