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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Plantio de milho transgênico decresce na Espanha pelo segundo ano consecutivo

Agricultores, ecologistas e consumidores solicitam à nova ministra de Meio Ambiente, Meio Rural e Marinho uma mudança radical na política do governo sobre transgênicos
 
A superfície cultivada com milho transgênico na Espanha decresceu em 2010 pelo segundo ano consecutivo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, Meio Rural e Marinho (MARM), teriam sido cultivados 67.726 hectares -- um decréscimo de 11% em relação a 2009. Afirmando que o cultivo deste milho transgênico, que está proibido em 10 países da União Europeia, já provocou graves impactos na Espanha, um grupo de ONGs solicitam à nova ministra Rosa Aguilar uma mudança radical na política do governo, que aposte na aplicação do Princípio da Precaução e proíba o cultivo de milho transgênico no país.
 
A diminuição da área plantada também indicam uma crescente rejeição a este tipo de agricultura. Entretanto, é preciso lamentar que estes dados oferecidos pelo governo sejam fornecidos pela indústria, uma vez que não existe na Espanha um registro de propriedades que cultivam milho transgênico -- como exige a regulamentação europeia, mais uma mostra da absoluta falta de transparência e controle sobre este tema por parte do MARM.
 
A Espanha é o único país da UE que cultiva transgênicos em larga escala (somente milho). O país já registra graves impactos e danos sobre a agricultura convencional e ecológica, como a quase desaparição do cultivo de milho ecológico nas regiões por onde se expandiu o cultivo de transgênicos e a perda do mercado de amido de milho convencional. Para as ONGs, o cultivo deste milho transgênico por um número muito reduzido de pessoas está gerando custos inaceitáveis para o conjunto da agricultura, para a indústria alimentícia, para o meio ambiente e a saúde pública, e violando os direitos dos consumidores.

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