A sociedade padronizada, deturpadora de valores Humanos, que estamos (sobre)vivendo considera-nos robôs, uma espécie facilmente manipulável. Nestes termos "o mundo é dos espertos".O que é mesmo ser esperto? Bem, o fato é que a monocultura já está no nosso gen. Tudo é mono: as roupas, a comida, a música, as notícias, o trabalho,..., inclusive o marketing para tudo isso. Principalmente o marketing, com suas "merchandaises" e tals, que cada vez mais incisivamente nos ditam as regras da sociedade.
Porém, podemos encontrar espaços que driblam essas barreiras e proporcionam opção aos que apreciam a diversidade. A 38ª Feira do Livro de Rio Grande, já considerado o maior evento literário realizado durante o verão do Rio Grande do Sul, é exemplo disso; oportunizou o despertar da criatividade, expôs o incomum; valorizando o diferente escancarou a diversidade que está a um passo de nós. Além das 42 bancas de livros, a Feira do Livro de Rio Grande ofereceu (desde o dia 27 de janeiro até ontem) atividades para todos os gostos e idades; mostras culturais, palestras, Rua das Crianças, apresentações musicais.E o que é melhor, tudo sendo transmitido pelas ondas do rádio e tv, meios próprios de comunicação. Outro fator interessante da Feira foi a participação dos inúmeros cursos oferecidos pela FURG (Universidade Federal de Rio Grande), realizadora do evento, levando à população o conhecimento que é direito do cidadão e dever do Estado. Nada mais "esperto" que reunir as ciências pelo mesmo objetivo, e para um público bem diversificado, como o que aconteceu.
A Feira do Livro de Rio Grande (que acontece uma vez por ano) certamente contribuiu e continua a contribuir no despertar de um novo jeito de ver e construir o mundo que temos dentro de nós. Nós construímos o mundo MONO. Eis que é passada a hora de rever nossos conceitos.
Mônica Gonçalves
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